Não há lugar para conformismo em Copenhague, diz Lula
Presidente brasileiro diz que a preservação do protocolo de Kyoto é necessária, não podendo ser substituído por instrumento menos exigente; ele afirmou que os países desenvolvidos tem que fazer a sua parte.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que os países desenvolvidos devem assumir metas ambiciosas de redução de emissões à altura de suas responsabilidades históricas.
Em discurso na Conferência da ONU sobre Mudança Climática, o presidente brasileiro ressaltou que a preservação do protocolo de Kyoto é necessária, não podendo ser substituído por instrumento menos exigente, para que o regime internacional mantenha seu rigor.
Conformismo
Lula afirmou ainda que não há lugar para conformismo em Copenhague.
"Quero falar com toda a clareza e franqueza. Essa conferência não é um jogo onde se pode esconder cartas na manga. Se ficarmos à espera do lance de nossos parceiros podemos descobrir que é tarde demais. Todos seremos perdedores", afirmou.
Ele lembrou que os países industrializados devem tomar Kyoto como referência para definição de metas com cortes profundos e que as nações em desenvolvimento tem que dar sua contribuição ao esforço global de mitigação.
"O Brasil participa desta conferência com a determinação de obter resultados ambiciosos mas esta ambição tem de ser compartilhada com todos. As fragilidades de uns não podem servir de pretexto para o recuo ou vacilações de outros", disse.
Apoio
O presidente brasileiro pediu mais investimentos e apoio tecnológico aos países em desenvolvimento. Ele disse que o Brasil está fazendo sua parte, com medidas aprovadas no Congresso Nacional para ajudar no combate ao desmatamento e ações contra o aquecimento global.
Lula reafirmou o compromisso do Brasil em diminuir o desmatamento da Amazônia em 80% e disse que o país pretende reduzir suas emissões entre 36% e quase 39% até 2020.
Fonte: Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York.
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