27.7.16

Rumos da nação


Hoje ouvi falarem algo sobre um movimento separatista aqui no Sul. A descrença na nação toma uma proporção tão grande assim?

É sabido por todos que o momento atual brasileiro é revoltante, e o pior, as chances de mudança são poucas, porque grande parte da população está ocupada demais pensando em como pagar as contas no final do mês para se preocupar em fiscalizar desvios de verbas em estatais ou saber quais candidatos das próximas eleições têm a conduta idônea para lidar com a Gestão Pública.

Na minha opinião, o brasileiro criou esta cultura, de deixar nas mãos dos outros para resolverem o problema. Combinada com a cultura da hipocrisia. Graças a Deus eu tenho condições de trabalhar em paz, juntar meu dinheiro (ainda que pouco), então eu nem precisaria ficar falando disso aqui, mas mesmo não sendo parte da população que sofre com o desemprego eu quero um País sem esse tipo de problema. Enquanto isso, alguns outros, denominados hipócritas, criticam situações que lhes desfavorece e esquecem de criticar o que lhes atinge de forma positiva.

Estamos em época de crise, e estamos nela por conta da má gestão pretérita, inegavelmente as gestões do PT no Brasil e no RS deixaram um rombo enorme, com recheio de corrupção e cobertura de cara-de-pau. Confesso que eu acreditava na filosofia midiática do PT, de ajudar os pobres dando bolsa-família, fomentar a pesquisa financiando estudiosos em viagens para a Europa, mas espera aí, tínhamos dinheiro e provisões para tudo isso? Creio que sim, mas esqueceram de contabilizar o dinheiro de desvios de verba.

Não defendo o governo do PMDB que hoje comanda o Brasil e o RS, até porque na minha opinião falta diálogo com o resto da população, mas agora, ouvir um coro dizendo que eles trouxeram o caos é um tanto quanto hipócrita ao nível extremo. A solução não é mexer no salário do servidor, nem na aposentadoria, isso está errado, mas também deve-se ter consciência do momento que passamos, estamos falidos como Estado e País, algo precisa ser feito, o rombo não vai se fechar sozinho.

Mas, como estamos falando de hipócritas, certamente surgirá um para dizer que defendo a elite e o PMDB, e para ele eu respondo: NÃO! Não preciso defender ninguém, não tenho rabo preso e nem recebo qualquer tipo de benefício social ou de pesquisa, então não preciso me sujeitar a idéias que confrontam o bom senso, posso livremente falar o que penso. E minha opinião já expressei várias vezes, porém, as pessoas leem apenas o que lhes interessa criticar.

Em um momento de extrema hipocrisia e de movimentos separatistas devemos buscar a composição, o diálogo e a estratégia, que na minha concepção deveria começar pela educação. Enquanto tivermos pessoas ignorantes e que cultuam a cultura da corrupção, do maldito "jeitinho brasileiro", teremos um País de patifes, com pobres que viram ricos as custas de desvios de verbas, e ricos que ficam ainda mais ricos com os mesmos desvios de verbas.

Vamos baixar um pouco as lanças e os escudos e construir uma saída para essa crise? Deixemos os interesses de lado, não reclamemos daquele aumento de alguns "porcento" que vai transformar um salário de servidor público de 4 para 5 mil reais mensais, tem gente recebendo um salario mínimo e achando um máximo. Deixemos aquela viagem para a Europa as custas do Governo para outro momento, o Brasil é um ótimo lugar para desenvolver um trabalho. Deixemos de lado a amargura e aceitemos as críticas. Pensemos no Brasil, e no que ele representa para cada um de nós. Vamos agir com inteligência, mas só juntos isso é possível, e não é quebrando coisas, colocando fogo ou deitando no chão que chegaremos lá. Certamente não.



Nenhum comentário:

Postar um comentário