11.11.09

Preços dos alimentos seguem em alta nos países pobres

Preços dos alimentos seguem em alta nos países pobres

Estudo da FAO revela que a boa produção mundial de cereais em 2009 não foi suficiente para baixar os preços dos produtos nas nações mais carentes; situação é particularmente preocupante na África Oriental.
Os preços dos produtos alimentares nos países pobres que importam comida permanecem elevados, apesar de uma boa produção de cereais a nível mundial em 2009.

O alerta foi lançado nesta terça-feira, em Roma, pela Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação, FAO, no relatório "Perspectivas de Colheitas e Situação Alimentar".
Carência

A publicação do documento antecede a conferência mundial sobre Segurança Alimentar, marcada para a próxima semana na capital italiana.

O relatório da FAO indica que 31 países continuam a enfrentar uma carência grave de alimentos, necessitando por isso de assistência de emergência. A situação é particularmente preocupante na África Oriental, onde uma combinação de seca e conflitos afeta cerca de 20 milhões de pessoas.

Segundo a agência da ONU, os preços do milho e do trigo aumentaram em outubro, apesar dos preços mundiais da comida terem caído de forma significativa nos últimos dois anos. O mesmo aconteceu em relação aos preços de exportação do arroz que permanecem a um nível mais elevado do que os praticados no período que antecedeu a crise.

O diretor-geral assistente da FAO, Hafez Ghanem, disse que a crise dos preços da comida ainda não terminou para as pessoas mais pobres do mundo que gastam cerca de 80% do seu orçamento familiar na alimentação.
Investimento
Ele defendeu um aumento do investimento na agricultura nos países em desenvolvimento para combater a pobreza e a fome.

O relatório da agência das Nações Unidas revela que a produção de cereais na África Ocidental sofreu este ano uma queda em relação às boas colheitas de 2008. No sul da África, os altos preços da comida persistem apesar de um bom ano agrícola em 2009.
Fonte: Carlos Araújo, da Rádio ONU em Nova York.

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